segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A independência de mim.




Existia uma culpa implícita que mortificava constantemente, nada racional e não importava o que argumentar, apenas se sentia. Era a culpa do que não foi feito, culpa de uma inépcia implícita em olhares, nos tom de vozes, resultava de esforços ineficiêntes.
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Cansei, me rebelei, a verdade da maioria não convenceu, a unanidade é burra, não pode existir depressão na incapacidade de conversar com uma entidade dentro de minha cabeça e que supostamente controla o mundo a minha volta , mas nunca me responde.
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Minha moral não emana de mitologia, decorre de uma construção social pautada na racionalização de valores, é íntima, própria, não pode ser controlada sob pretexto de estruturas sociais. Minha valoração é fruto das interações e decorrem de um processo intelectual, por isso causa de orgulho, é também inacabada e sempre reconstruida, orientada por uma lógica humanista sendo que esta característica é sua grande beleza, pois pode ser qüestionada e melhorada, sua lógica remete ao próprio ser em busca de ser melhor, e nunca um produto acabado.
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Independência! A culpa e o mérito é só do homem e apenas a ele e seu meio cabem as conseqüências, portanto apenas o próprio pode estabelecer seus limites.

Um comentário:

Mara Toledo disse...

A culpa nunca é racional e nem argumentativa.
Podemos tentar justificar por meio de argumentos que achamos ser racionais. Tudo parte da nossa vaidade de gente que não sabe ficar apenas com as sensações.